quarta-feira, 17 de agosto de 2011

SER PROFESSOR NA ERA DA INFORMAÇÃO


Sobre o que é ser professor hoje, Antônio Nóvoa nos coloca que a profissão do professor é de grande complexidade, na atualidade, ainda mais que no passado.  Hoje, os educadores têm que lidar não apenas com os saberes da disciplina que lecionam, mas, também com as tecnologias, com a complexidade social e com a rotatividade do conhecimento que exige formação continuada. No passado depois de formado os professores iam exercer a profissão por 20, 30 anos. Hoje é impossível se pensar nessa situação, a formação do professor precisa ser contínua, ou seja, ao longo de toda a profissão necessitam estar envolvidos em práticas de formação continuada para aprenderem novas competências.  

As competências necessárias à profissão são tema presente nas rodas de discussão sobre a educação hoje. Perrenoud destaca 10 novas competências, Nóvoa aponta duas, a primeira uma competência de organização. Onde o professor é um organizador de aprendizagem, isso é, deixa de ser apenas o transmissor de informação, pois estas estão disponíveis em todas as mídias, nem é o que atua exclusivamente em sua sala de aula, é um organizador do trabalho escolar em suas diversas dimensões, um organizador de aprendizagens na era da informação. A segunda competência refere-se à compreensão do conhecimento, não basta deter o conhecimento é necessário compreendê-lo, ser capaz de reorganizá-lo, de reelaborá-lo para depois transmiti-lo didaticamente em sala de aula.  Então para Nóvoa a nova realidade social requer um professor organizador de situações de aprendizagens que saiba compreender inserir o conhecimento no contexto social e transmiti-lo em sala de aula.

Em entrevista ao Salto para o futuro Nóvoa fala ainda do aumento de missões que foi imposto à escola sobrecarregando o trabalho dos professores, sem dar a estes condições de dignidade profissional. Bons salários, boa formação e uma carreira com planos que lhes de segura, para que tenham condições para responder ao aumento imensurável de obrigações a que estão sendo submetidos e para que possam contestar as exigências de uma sociedade que critica que acusa e cobra dos professores a solução de problemas que não soube como resolvê-los. “Não podemos imaginar escolas extraordinárias, espantosas, onde tudo funciona bem numa sociedade onde nada funciona.” Leia a entrevista na íntegra aqui. 

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