quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Projeto Fazendo Gibi


Título: Fazendo Gibi

1 – Introdução
O Projeto “Fazendo Gibi” tem a intenção de mostrar como podemos usar as histórias em quadrinhos para incentivar e motivar a leitura e escrita dos alunos. Usando para isso gibis, sites onde histórias em quadrinhos podem ser lidas online, bem como produzir Histórias em Quadrinhos através do software desenvolvido pela Unicamp (http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/). Por meio de leitura e produção textual em quadrinhos pretende-se melhorar a compreensão dos alunos quanto à narrativa, o diálogo a interpretação e a escrita. As HQs oportunizam ao professor desenvolver trabalho interdisciplinar.
O Projeto “ Fazendo Gibi” será desenvolvido no município de Colorado do Oeste – RO na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Paulo de Assis Ribeiro com alunos do 7.º Ano A na disciplina de Língua Portuguesa.

2 – Problemática
Como utilizar de modo eficiente a mídia Impressa e a mídia Internet para a melhoria da qualidade do ensino aprendizagem dos alunos  7º Ano na disciplina de Língua Portuguesa?
3 – Revisão Bibliográfica
            A comunicação através da imagem nos remete a antiguidade, antes mesmo da invenção da escrita, desenhos em cavernas mostram a maneira como os homens primitivos usavam a imagem sequancial para registrar o cotidiano e comunicar-se. Com a invenção do alfabeto fonético as imagens já nãosão tão usadas na comunicação, porém reaparem com o progresso da indústria tipográfica e o surgimento de cadeias jornalísticas que exploram a comunicação visual através de imagens. Essa relação imagem texto cria condições para o aparecimento das histórias em quadrinhos, “seu florescimento localizou-se nos Estados Unidos no final do século XIX, quando todos os elementos tecnológicos e sociais encontravam-se devidamente consolidados para que as histórias em quadrinhos se transformassem em um produto de consumo massivo”. (VERGUEIRO: em BARBOSA 2010).
            Os quadrinhos são um meio de comunicação de massa que encanta e apaixona gerações. Presentes no mundo inteiro com diferentes nomes como gibi, comics, tiras, mangás, a leitura dessa arte sequencial que mistura imagens e textos tem milhões de leitores assíduos hoje é incentivada e recomendada por pais e professores. Mas, nem sempre foi assim, na década de 1950 o psiquiatra alemão Fredric Wertham, (VERGUEIRO) que vivia nos Estados Unidos publicou um livro chamado A sedução dos inocentes, onde reuniu suas observações sobre os pretensos malefícios que a leitura de histórias em quadrinhos poderia trazer aos adolescentes norte americanos. Devido ao impacto das denuncias esse tipo de leitura passou a ser visto por outros seguimentos da sociedade como maléficos exigindo vigilância rigorosa por parte da sociedade. As histórias em quadrinhos passaram a ser censuradas, deixando de ser economicamente vantajoso levou ao desaparecimento de grande número de editores desmotivando roteiristas e desenhistas e consequentemente o empobrecimento das histórias.
            Com isso qualquer discussão sobre o valor estético e pedagógico das HQs passou a ser  descartado por meios intelectuais. Apesar de sua imensa popularidade entre o público leitor, acreditava-se que sua leitura afastava as crianças de leituras mais nobres, não despertava o interesse por assuntos sérios, causava prejuízo ao rendimento escolar, além de atrapalhar o desenvolvimento do raciocínio lógico, rotuladas como inimigas do ensino e da aprendizagem, por um bom tempo foi atribuído às histórias em quadrinhos os males do mundo. “Infelizmente, como a arte sequencial sempre esteve associada à ideia de comunicação com o público dito inculto, as elites da época trataram logo de condenar os quadrinhos, inclusive negando-lhes o status de arte”. (FEIJÓ: 1997). Portanto qualquer ideia de aproveitamento da linguagem dos quadrinhos em ambiente escolar na época seria considerada insanidade.
            Hoje os quadrinhos são reconhecidos como arte sequancial, uma narrativa visual que pode ou não usar textos, em balões ou em legenda. Passaram a ser incorporados na educação e frequentemente aparecem em provas de vestibulares, Enem e concursos. No Brasil o autor e criador de personagens das HQs mais conhecido é Mauricio de Souza o criador da turma da Mônica. A atual forma das histórias em quadrinhos que tiveram sua origem nos jornais americanos do século passado, passou a ter um personagem constante, a seqüência narrativa das imagens e o balão com o texto/diálogo. O envolvimento imagem e texto dos quadrinhos podem ser classificados como veículo de comunicação de massa
            O público adulto esclarecido, seduzido pelas qualidades formais dos quadrinhos como meio de expressão cultural e social, reconhece o seu papel na mídia e a importância destas imagens no contexto cultural, que vêm perdurando como ponto universal de interesse através da comunicação social.
4 – Justificativa
As histórias em quadrinhos fortalecem o imaginário do leitor, desenvolvem sua capacidade de compreensão e utilização dos vários sentidos, pela diversidade de personagens, situações, contextos, histórias, e estrutura sequencial de pensamento são inúmeras as oportunidades para aproveitá-las na organização e planejamento de situações que favoreçam a construção do conhecimento através da leitura, compreensão e produção textual. Os textos em quadrinhos, além de inseridos nos mais diversos meios de comunicação, são bem aceitos pelos alunos, influenciando sua formação.
As Histórias em Quadrinho (H.Q.) desenvolvem habilidades de leitura verbal e visual, tanto no formato impresso quanto digital possuem as mesmas características, portanto são muito ricas no âmbito educacional, pois de forma clara, simples e lúdica atingem as crianças, não só a elas, levando lições de vida além de despertar o interesse e o prazer pela leitura e escrita. Na produção textual os alunos têm muitas idéias, mas lhes falta habilidades para criar um começo, seguir uma sequência e, depois, terminar com uma conclusão lógica. E é exatamente na aparência lúdica e seqüencial das histórias em quadrinhos, veículo de comunicação poderoso e bem aceito por estudantes, que apostamos para motivá-los a escrever e produzir textos. Usaremos para isso o software HagáQuê através do qual os alunos produzirão suas histórias com as quais faremos um gibi.

5 – Objetivos

Geral 
Produzir um gibi com temas transversais utilizando Histórias em Quadrinhos como ferramenta de trabalho em sala de aula, visando desenvolver as habilidades de leitura verbal e visual, compreensão e produção de textos.
Específicos
·         Conhecer a função dos balões e onomatopéias nas HQs;
·         Compreender a sequencia lógica dos fatos na realização das HQs
·         Incentivar a leitura e produção de textos.
·         Despertar para a coerência entre texto e imagem.
·         Treinar a leitura verbal e visual
·         Melhorar a coesão e coerência textual.
·         Buscar na leitura de histórias em quadrinhos subsídios para a produção das próprias histórias.
·         Produzir histórias em quadrinhos.

6 – Estratégicas 
O Projeto “Fazendo Gibi” será desenvolvido mediante sequencia descrita a seguir:
1.º momento: Apresentar aos alunos o Gênero Quadrinhos e suas características. Apresentando os tipos de balões e onomatopeias.
2.º momento: Leitura no material impresso “gibi” na sala de leitura
3º momento: Fazer leitura de gibis  no site   http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm
3.º momento: Apresentar o software HagáQuê http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/ dar instruções de como usá-lo; Criar histórias em quadrinhos com o programa HágaQuê e imagens da internet.
4.º momento: Pesquisa na internet sobre os temas escolhidos para a produção das histórias.
5º momento:  Organizar as histórias em formato de gibi. Produzir um para cada aluno da turma, um para a sala de leitura e biblioteca.
5.º momento: Escrever o relatório da experiência em forma de artigo

7 – Cronograma
Atividades
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Montagem do projeto
X
X



Revisão literária

X
X


Desenvolvimento do projeto com os alunos

X
X


Relatório



X

Apresentação do TCC




X

8 – Acompanhamento e Avaliação
O processo de acompanhamento do Projeto “Fazendo Gibi” será de maneira contínua em cada uma de suas unidades ou etapas, por meio do registro dos pontos positivos e negativos para posterior análise.

9 – Referencias bibliográficas
BARBOSA, Alexandre, RAMOS, Paulo, VILELA, Túlio, RAMA, Ângela, VERGUEIRO Waldomiro, (orgs). Como Usar as Histórias em Quadrinhos na Sala de Aula. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2010 – (Coleção como usar na sala de aula). 
FEIJÓ Mário, Quadrinhos em ação: um século de história. São Paulo: Moderna, 1997.
RAMOS, Paulo. A leitura dos Quadrinhos. São Paulo: Contexto, 2010.
WILL Eisner, O nome do jogo / escrito e ilustrado por Will Eisner; traduzido por Marquito Maia – São Paulo: Devir, 2003.
Natania Nogueira, Histórias em Quadrinhos e ensino: uma parceria possível.    http://www.slideshare.net/gibiteca/trabalhando-com-quadrinhos-na-sala-e-aula-presentation 19-04-2012
 Rosa Helena Mendonça, História Em Quadrinhos: Um Recurso De Aprendizagem ISSN 1982 – 0283 Ano XXI Boletim 01  -  Abril 2011.
Acesso em:  20/04/2012

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