Título: Fazendo Gibi
1 – Introdução
O Projeto
“Fazendo Gibi” tem a
intenção de mostrar
como podemos usar as
histórias em quadrinhos
para incentivar e motivar
a leitura e escrita
dos alunos. Usando para
isso gibis, sites onde
histórias em quadrinhos
podem ser lidas online,
bem como produzir Histórias
em Quadrinhos através do
software desenvolvido
pela Unicamp (http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/).
Por meio de leitura e produção
textual em quadrinhos
pretende-se melhorar a
compreensão dos alunos
quanto à narrativa,
o diálogo a interpretação
e a escrita. As
HQs oportunizam ao
professor desenvolver
trabalho interdisciplinar.
O Projeto
“
Fazendo Gibi” será desenvolvido
no município de Colorado
do Oeste – RO na
Escola Estadual de Ensino
Fundamental e Médio
Paulo de Assis Ribeiro
com alunos do 7.º
Ano A na disciplina
de Língua Portuguesa.
2
– Problemática
Como
utilizar de modo eficiente a mídia Impressa e a mídia Internet para a melhoria
da qualidade do ensino aprendizagem dos alunos 7º Ano na disciplina de Língua Portuguesa?
3
– Revisão Bibliográfica
A comunicação através da imagem nos
remete a antiguidade, antes mesmo da invenção da escrita, desenhos em cavernas mostram
a maneira como os homens primitivos usavam a imagem sequancial para registrar o
cotidiano e comunicar-se. Com a invenção do alfabeto fonético as imagens já
nãosão tão usadas na comunicação, porém reaparem com o progresso da indústria
tipográfica e o surgimento de cadeias jornalísticas que exploram a comunicação
visual através de imagens. Essa relação imagem texto cria condições para o
aparecimento das histórias em quadrinhos, “seu florescimento localizou-se nos
Estados Unidos no final do século XIX, quando todos os elementos tecnológicos e
sociais encontravam-se devidamente consolidados para que as histórias em
quadrinhos se transformassem em um produto de consumo massivo”. (VERGUEIRO: em BARBOSA 2010).
Os quadrinhos são um meio de
comunicação de massa que encanta e apaixona gerações. Presentes no mundo
inteiro com diferentes nomes como gibi, comics, tiras, mangás, a
leitura dessa arte sequencial que mistura imagens e textos tem milhões de
leitores assíduos hoje é incentivada e recomendada por pais e professores. Mas,
nem sempre foi assim, na década de 1950 o psiquiatra alemão Fredric Wertham,
(VERGUEIRO) que vivia nos Estados Unidos publicou um livro chamado A sedução
dos inocentes, onde reuniu suas observações sobre os pretensos malefícios que a
leitura de histórias em quadrinhos poderia trazer aos adolescentes norte
americanos. Devido ao impacto das denuncias esse tipo de leitura passou a ser
visto por outros seguimentos da sociedade como maléficos exigindo vigilância
rigorosa por parte da sociedade. As histórias em quadrinhos passaram a ser
censuradas, deixando de ser economicamente vantajoso levou ao desaparecimento
de grande número de editores desmotivando roteiristas e desenhistas e
consequentemente o empobrecimento das histórias.
Com
isso qualquer discussão sobre o valor estético e pedagógico das HQs passou a
ser descartado por meios intelectuais.
Apesar de sua imensa popularidade entre o público leitor, acreditava-se que sua
leitura afastava as crianças de leituras mais nobres, não despertava o
interesse por assuntos sérios, causava prejuízo ao rendimento escolar, além de
atrapalhar o desenvolvimento do raciocínio lógico, rotuladas como inimigas do
ensino e da aprendizagem, por um bom tempo foi atribuído às histórias em
quadrinhos os males do mundo. “Infelizmente, como a arte sequencial sempre
esteve associada à ideia de comunicação com o público dito inculto, as elites
da época trataram logo de condenar os quadrinhos, inclusive negando-lhes o
status de arte”. (FEIJÓ: 1997). Portanto qualquer ideia de aproveitamento da
linguagem dos quadrinhos em ambiente escolar na época seria considerada
insanidade.
Hoje
os quadrinhos são reconhecidos como arte sequancial, uma narrativa visual que
pode ou não usar textos, em balões ou em legenda. Passaram a ser incorporados
na educação e frequentemente aparecem em provas de vestibulares, Enem e
concursos. No Brasil o autor e criador de personagens das HQs mais conhecido é
Mauricio de Souza o criador da turma da Mônica. A atual forma das
histórias em quadrinhos que tiveram sua origem nos jornais americanos do século
passado, passou a ter um personagem constante, a seqüência narrativa das
imagens e o balão com o texto/diálogo. O envolvimento imagem e texto dos quadrinhos
podem ser classificados como veículo de comunicação de massa
O público adulto esclarecido, seduzido pelas
qualidades formais dos quadrinhos como meio de expressão cultural e social,
reconhece o seu papel na mídia e a importância destas imagens no contexto
cultural, que vêm perdurando como ponto universal de interesse através da
comunicação social.
4 – Justificativa
As histórias em
quadrinhos fortalecem o imaginário do leitor, desenvolvem sua capacidade de
compreensão e utilização dos vários sentidos, pela diversidade de personagens,
situações, contextos, histórias, e estrutura sequencial de pensamento são
inúmeras as oportunidades para aproveitá-las na organização e planejamento de
situações que favoreçam a construção do conhecimento através da leitura,
compreensão e produção textual. Os textos em quadrinhos, além de inseridos nos
mais diversos meios de comunicação, são bem aceitos pelos alunos, influenciando
sua formação.
As Histórias em
Quadrinho (H.Q.) desenvolvem habilidades de leitura verbal e visual, tanto no
formato impresso quanto digital possuem as mesmas características, portanto são
muito ricas no âmbito educacional, pois de forma clara, simples e lúdica
atingem as crianças, não só a elas, levando lições de vida além de despertar o
interesse e o prazer pela leitura e escrita. Na produção textual os alunos têm
muitas idéias, mas lhes falta habilidades para criar um começo, seguir uma
sequência e, depois, terminar com uma conclusão lógica. E é exatamente na
aparência lúdica e seqüencial das histórias em quadrinhos, veículo de
comunicação poderoso e bem aceito por estudantes, que apostamos para motivá-los
a escrever e produzir textos. Usaremos para isso o software HagáQuê através do
qual os alunos produzirão suas histórias com as quais faremos um gibi.
5 – Objetivos
Geral
Produzir um
gibi com temas transversais
utilizando Histórias
em Quadrinhos como ferramenta
de trabalho em sala de
aula, visando desenvolver
as habilidades de
leitura verbal e visual, compreensão
e produção de textos.
Específicos
·
Conhecer a
função dos balões e onomatopéias nas HQs;
·
Compreender a
sequencia lógica dos fatos na realização das HQs
·
Incentivar a leitura e produção de textos.
·
Despertar para a coerência entre texto e imagem.
·
Treinar a leitura verbal e visual
·
Melhorar a coesão e coerência textual.
·
Buscar na leitura de histórias em quadrinhos subsídios para a produção das próprias histórias.
·
Produzir
histórias em quadrinhos.
6 – Estratégicas
O
Projeto “Fazendo Gibi” será desenvolvido
mediante sequencia descrita a seguir:
1.º momento: Apresentar aos
alunos o Gênero Quadrinhos e suas características. Apresentando os tipos de
balões e onomatopeias.
2.º momento: Leitura no material impresso “gibi” na sala
de leitura
3º momento: Fazer leitura de
gibis no site http://www.monica.com.br/comics/seriadas.htm
3.º
momento: Apresentar o software HagáQuê http://www.nied.unicamp.br/~hagaque/
dar instruções de como usá-lo; Criar histórias em quadrinhos com o programa
HágaQuê e imagens da internet.
4.º
momento: Pesquisa na internet sobre os temas escolhidos para a produção das
histórias.
5º
momento: Organizar as histórias em
formato de gibi. Produzir um para cada aluno da turma, um para a sala de
leitura e biblioteca.
5.º
momento: Escrever o relatório da experiência em forma de artigo
7
– Cronograma
Atividades
|
Março
|
Abril
|
Maio
|
Junho
|
Julho
|
Montagem
do projeto
|
X
|
X
|
|||
Revisão literária
|
X
|
X
|
|||
Desenvolvimento do projeto com os alunos
|
X
|
X
|
|||
Relatório
|
X
|
||||
Apresentação do TCC
|
X
|
8
– Acompanhamento e Avaliação
O
processo de acompanhamento do Projeto “Fazendo Gibi” será de maneira contínua
em cada uma de suas unidades ou etapas, por meio do registro dos pontos
positivos e negativos para posterior análise.
9 – Referencias
bibliográficas
BARBOSA, Alexandre, RAMOS, Paulo, VILELA,
Túlio, RAMA, Ângela, VERGUEIRO Waldomiro, (orgs). Como Usar as Histórias em
Quadrinhos na Sala de Aula. 4. ed. São Paulo: Contexto, 2010 – (Coleção como
usar na sala de aula).
FEIJÓ Mário, Quadrinhos em ação: um
século de história. São Paulo: Moderna, 1997.
RAMOS, Paulo. A leitura dos Quadrinhos.
São Paulo: Contexto, 2010.
WILL Eisner, O
nome do jogo /
escrito e ilustrado
por Will Eisner; traduzido
por Marquito Maia – São
Paulo: Devir, 2003.
Natania Nogueira, Histórias em Quadrinhos e ensino:
uma parceria possível. http://www.slideshare.net/gibiteca/trabalhando-com-quadrinhos-na-sala-e-aula-presentation
19-04-2012
Rosa Helena
Mendonça, História Em Quadrinhos: Um Recurso De Aprendizagem ISSN 1982 – 0283
Ano XXI Boletim 01 - Abril 2011.
Acesso em:
20/04/2012
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