Como o conhecimento é construído por cada
indivíduo. Alguns registros nos levam as ideias empíricas,
segundo estas, o conhecimento vem de fora, aprende-se através dos sentidos. Ou
então ao inatismo segundo os filósofos que defendem essa teoria, o conhecimento
é pré- formulado, na medida em que o ser humano amadurece, vai reorganizando
sua inteligência e se tornando apto a realizar aprendizagens cada vez mais
complexas.
Os estudiosos behavioristas acreditavam que só
era possível explicar as organizações complexas identificando os elementos mais
simples e suas associações. A aprendizagem acontecia pelo acúmulo de
respostas simples, ou seja, se concretizava quando o indivíduo se condicionasse
a dar sempre a mesma resposta, ao mesmo estímulo. Devido a isso no processo de
alfabetização nas antigas cartilhas as primeiras lições eram feitas com palavras
simples (pato) só depois que o aluno aprendesse essas é que estariam preparados
para aprender as complexas (prato).
Opondo-se ao pensamento behaviorista surge a corrente estruturalista da qual fazem parte a Teoria de Campo Gestalt, Epistemologia Genética de
Piaget, interacionista de Vygotsky. Segundo essa corrente um fenômeno não pode
ser explicado, pelo estudo isolado das partes que o constituem. Nesse sentido é
fundamental a relação entre o elemento, e o contexto em que está inserido. Para
a Gestalt a estrutura básica do ato de aprender é a percepção, se percebe
objetos, ideias e relações.
Hoje no Brasil, o processo ensino aprendizagem
esta fundamentado nas teorias sócio interacionista de Piaget e Vygotsky.
Segundo Piaget o sujeito é o autor na construção do conhecimento, e a
aprendizagem está condicionada ao desenvolvimento. Para Vygotsky a aprendizagem
se dá na interação social, ou seja, aprende-se com o outro, portanto a presença
de um professor ou de alguém mais experiente é fundamental no processo ensino
aprendizagem.
É nesta visão de relação sujeito objeto e
construção coletiva do conhecimento que as tecnologias integram a construção do
conhecimento, nessa nova realidade social. Almeja-se construir redes coletivas
de conhecimentos, onde professores e alunos possam aprender juntos, como diz
Moran “podemos aprender desde vários lugares, ao mesmo tempo, on-line e
off-line, juntos e separados.” Assim quem tem dificuldade, pode aprender com
quem sabe mais, professores e alunos juntos, em uma mesma lista de discussão,
convivendo, cooperando e participando coletivamente, construindo a sociedade da
informação e do conhecimento. Há um longo caminho até que todos, professores e
alunos tenham acesso às tecnologias, e isso implica não apenas em colocar
máquinas nas escolas.
As tecnologias não resolvem os problemas da
educação, elas exigem educadores competentes, maduros intelectual e
emocionalmente, pessoas curiosas, entusiasmadas, que saibam motivar e dialogar.
As tecnologias podem mudar as formas de exercer as competências, mas não podem
transformar um “mau” professor num “bom” professor. Saiba mais lendo o texto do
professor Moran.http://www.eca.usp.br/prof/moran/positivo.pdf
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